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Por quê inovações geralmente encontram tanta reação?
Primeiro gostaria de analisar junto com você qual é o motivo de tanta reação com relação a modelos de negócios inovadores. A opinião pública costuma se dividir, sempre há pessoas contra e a favor, apesar de, a princípio, a “inovação” como conceito ser geralmente considerada uma “coisa boa”. As pessoas, em seus discursos, costumam afirmar que “inovar” é algo positivo. Muitas campanhas de marketing e líderes de todos os tipos fazem uso da palavra “inovação” com entonação positiva e até colocando este conceito como um “objeto de desejo”, se é que se pode transformar um “conceito” em “objeto”. Enfim, a “inovação”, como ideia, geralmente não é combatida. Mas quando ela se manifesta em algo concreto, como um produto ou serviço, aí a coisa muda de figura. Um dos problemas é que quando uma inovação se apresenta no mercado, como produto ou serviço, ela geralmente carece de leis e regras específicas. É claro, o tal produto ou serviço inovador não existia, logo, como poderia haver regulamentação apropriada? E é a partir deste momento que a sociedade começa a questionar detalhes sobre recolhimento de impostos, limites operacionais, logística e concorrência, entre outros. Com relação a isso o conselho de um humilde consumidor como você: precisamos ter paciência e sobriedade, pois tudo o que é novo precisa de tempo para amadurecer. Mas se quisermos evoluir e usufruir das inovações, precisamos saber tratá-las com carinho até que todos estes detalhes sejam digeridos e tratados adequadamente. Outro problema das grandes inovações, e acredito que o maior deles, é que elas geralmente abalam o mercado e até as relações de emprego tal como os conhecemos. Novos modelos trazem novos conceitos e, consequentemente, novas formas de relacionamento do cidadão com o trabalho. Isso é inevitável! Sabemos que profissões morrem e nascem o tempo todo e que, em época de grandes mudanças e surgimento de ideias inovadoras, este processo é acelerado. Este é o fator que costuma ser mais criticado, mas a inovação não deve ser detida por causa dele. Podemos até lutar contra ela, podemos resistir, podemos lamentar… mas no final, modelos de negócios mais eficientes sempre causarão mudanças profundas nas relações de consumo e também trabalhistas. Modelos de negócios obsoletos irão consequentemente morrer, pois não serão competitivos. Mas novas oportunidades nascerão, ainda que das cinzas dos velhos negócios. Há um post circulando nas redes sociais, que geralmente fala sobre o Ubber, citando a morte da profissão de datilógrafo, o fim das fitas K7 e dos discos de vinil, assim como o filme fotográfico e alguns outros produtos, serviços e profissões devido a evolução tecnológica. Você já deve ter visto este post por aí. Ele é bastante interessante, pois nos alerta sobre um dilema antigo e inevitável: inovação trás mudanças. Você consegue se imaginar utilizando uma máquina de escrever hoje? De modo algum, com certeza. Será assim daqui a alguns anos quando você pensar em telefonia tal como era há pouco tempo atrás, quando pensar sobre os cartões de crédito que cobravam anuidade e não ofereciam aplicativos para dar informações em tempo real sobre seus gastos ou quando você pensar sobre como funcionavam os táxis. Não posso deixar de abordar neste artigo outro fator muito importante, motivo pelo qual há tantos problemas, críticas e até boicotes, numa tentativa desesperada e vã de combater inovações. Este outro fator é a resistência dos modelos de negócio que se tornam obsoletos com o surgimento de ideias inovadoras e até revolucionárias. Muitas vezes os negócios que se veem, de repente, obsoletos, representados por organizações já consolidadas no mercado com seu modelo de operação “tradicional”, começam a combater por meios jurídicos e até financeiros os novos negócios baseados em ideias inovadoras. Isso não é raro. Algumas organizações, mais antenadas e dispostas a se reinventarem, aderem à inovação e lançam produtos concorrentes. Mas organizações com visão focada no passado ou acomodadas geralmente preferem combater ao invés de acompanhar as tendências do mercado.Será que, no final, as inovações irão prevalecer?
A experiência nos mostra que, com mais ou menos facilidade, as inovações, tanto tecnológicas quanto mercadológicas, tendem a vencer estes muitos obstáculos e, no final, nos vemos num cenário onde não conseguimos mais imaginar como vivíamos sem aquele novo produto ou serviço. É bastante difícil, se não impossível, deter ideias realmente inovadoras. E o fator que considero principal para este fato é o seguinte: inovações trazem implícito em sua concepção a eficiência que ideias tradicionais, já exploradas ao limite, jamais poderão alcançar. Uma ideia inovadora tende a nascer maior e melhor que qualquer evolução dada a ideias antigas e conservadoras. E ainda oferecem potencial de crescimento que as antigas ideias um dia já tiveram, mas que, por vezes, alcançou o seu limite. Lembra-se dos conceitos da Matriz BCG, proposta na década de 70? Pois é, eles ainda são úteis e servem para nos ajudar a entender este processo. O ciclo de vida de produtos e serviços, como tudo que há, um dia encontra seu fim e, para manter a “roda girando”, é preciso inovar! Outro ponto relevante, que muito contribui para o sucesso das inovações, é a rápida adoção de produtos e serviços inovadores pelo mercado consumidor. Logo que experimentamos algo novo, melhor e mais eficiente que os produtos e serviços até então disponíveis, não nos imaginamos mais vivendo sem eles. Alguém quis usar discos ou fitas K7 após o surgimento do CD? Alguém que experimenta conteúdo on-demand, como o do Netflix, se contenta depois em assistir apenas a TV tradicional (aberta ou a cabo)? Alguém que experimenta um cartão de crédito sem anuidade, com acompanhamento de gastos no App e descontos para pagamentos antecipados, quer continuar a utilizar um cartão sem nada disso? Há exceções, mas evidentemente a maioria preferirá a novidade. E onde houver mercado consumidor, haverá alguém interessado em vender.Considerações finais
Talvez este excesso de reação inicial, oriundo principalmente daqueles que se sentem ameaçados por soluções inovadoras, seja o efeito causado por uma sociedade pouco acostumada a investir em pesquisa e a pensar em inovação. Isso se compararmos o nosso país com outros onde esta cultura é amplamente disseminada. Quem sabe este exercício não esteja sendo tão praticado quanto deveria por organizações e profissionais em geral e, talvez por isso, estejamos sendo mais resistentes do que deveríamos. Se bem que alguma resistência é sempre normal e, ouso dizer, até saudável. Mas não muita. Gostaria de concluir dizendo que sim, os boicotes, manobras jurídicas e artifícios mercadológicos das grandes corporações poderão até deter uma ou outra empresa que surja com uma ideia inovadora. O Nubank, por exemplo, até pode ser aniquilado pelos grandes players do mercado financeiro. Entretanto, a ideia que for realmente inovadora ressurgirá de novo e de novo até se consolidar no mercado por meio de uma ou de várias organizações. Pois não se pode deter a inovação em si, este é um conceito maior que todos nós e que está profundamente enraizado na alma do ser humano. É possível reprimir por um pouco de tempo, mas não é possível reter para sempre a inovação. Então, o que você acha? Deixe sua opinião e contribua com o artigo. Grande abraço!Edmilson Prata da Silva Arquiteto de Software e sócio fundador da W4B IT Services Artigo publicado no Linkedin em 18/01/17
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