Algumas perguntas são eternas. Parece que nenhuma resposta as satisfaz. Perguntas existências como “quem somos?” ou “de onde viemos?” são assim. Mas talvez a mais intrigante delas seja a seguinte: qual o sentido da vida?
Um homem saiu pelo mundo a procurar a resposta para essa pergunta. E ele estava realmente disposto a encontrar a resposta. Disse, então, a si mesmo:
– Leve o tempo que levar, custe o que custar, eu encontrarei a resposta! Não descansarei nem um dia até que consiga ou morrerei tentando!
E determinado em seu objetivo, ele partiu. O plano seria sair pelo mundo observando todas as coisas com muita atenção, buscando nos detalhes, em tudo o que há, em todos os seres que encontrasse pelo caminho, alguma pista ou relação entre eles que pudesse levá-lo a resposta que procurava.
– Deve haver uma razão que, olhando bem, conecte todos os seres ou ao menos uma pista de porque eles existem e interagem nesse mundo – pensou ele.
Determinou-se também a conhecer muitos lugares diferentes, em vários países do mundo, para que pudesse acumular bastante conhecimento sobre todas as culturas, etnias, segmentos sociais e os seres vivos – o máximo que pudesse!
Por muitos anos ele viajou, observou, estudou e anotou tudo que aprendeu. Ele criou uma obra incrível, composta de vários livros. Ele se tornou um perito em diversos tipos de conhecimentos, aprendeu a falar muitas línguas, conheceu muitas pessoas. Participou de várias religiões, cada uma com um ou vários deuses e entidades de muitos tipos. Tornou-se um homem sábio e muito experiente.
Por seu trabalho e dedicação ele ficou conhecido no mundo de sua época, ganhou muita fama e prestígio. Mas jamais apegou-se a coisas materiais – era um servo de seu nobre propósito, o de responder a pergunta sobre qual o sentido da vida.
Os anos passaram e seu trabalho e conhecimento pôde servir a muitos. Ele era consultado até por homens sábios, chefes de estado e pessoas famosas. Aconselhava a todos que o procuravam com grande sabedoria. Contudo, mesmo após décadas totalmente entregue à sua missão, ele ainda não havia conseguido uma resposta satisfatória.
As religiões contribuíram bastante com sua vasta e milenar sabedoria, pregando sobre a vida, o amor e a compreensão, entre outros grandes valores e sentimentos. Mas eram contraditórias e suas explicações eram sempre cheias de lacunas vazias. Não permitiam chegar a uma verdade absoluta sobre o sentido da vida.
As ciências biológicas eram fascinantes e exibiam um show emocionante de descobertas incríveis sobre como tudo evoluiu e como tudo funcionava! Mas o sentido… não havia como chegar a um sentido maior mesmo que ele conseguisse até criar uma nova vida usando todo conhecimento adquirido! O fato da vida existir, por si só, não lhe confere um sentido – pensou ele.
A filosofia lhe permitia chegar a lugares onde sua tecnologia não alcançava, teorizando sem limites e avaliando as muitas possibilidades – lhe dava o poder para criar e expandir a sua mente! Mas ele sempre se perdia em meio às muitas proposições e em meio a frieza das palavras, pois ainda que sábias, eram sem vida. Fazia-se necessário algo que lhes desse o sentido – não poderiam ser ou conter o sentido em si mesmas.
A astronomia e a astrofísica lhe permitia observar mundos distantes, fenômenos incríveis e mensurar grandezas quase impossíveis de se imaginar. Mas a razão pelo qual tudo estava lá, ele não conseguia encontrar mesmo com muitas observações pelo espaço infinito.
E assim era com todos os tipos de conhecimento, ciências e técnicas que conhecia. Por mais poderosas que fossem, sempre lhes faltava algo. Um algo mais que seria a resposta que procurava, a explicação que poderia unir e dar significado a todas as coisas, aquilo pelo qual tudo que há existe! Porém, aquele ingrediente final, mesmo parecendo tão perto, sempre estava distante um dedo do alcance de suas mãos.
Desolado, vendo que seus dias já mostravam-se derradeiros… e ainda sem a resposta pela qual empenhara toda a sua vida… começou a caminhar a noite pela rua, sozinho, enquanto suspirava decepcionado em direção a beira de um caís. Lá ele poderia apreciar a vastidão do mar, um símbolo do tamanho de seu lamento por ver chegar seu fim sem sua sonhada vitória.
No caminho encontrou um mendigo, que estava com sua caneca na mão, a pedir por trocados a qualquer um que passasse. Olhando para si mesmo e tudo aquilo que alcançara, e para o mendigo, jogado no chão, sem razão nem perspectivas ele disse:
– Sabe, de certa forma, nós somos iguais. Você não alcançou nada em sua vida, enquanto eu, muito. Porém meu propósito eu não encontrei. Não somos tão diferentes. Tome aqui umas moedas.
Mas o mendigo, sorridente, respondeu àquele homem:
– Então não somos não, porque seu propósito eu não sei, mas o meu era tomar uma pinga e com esse dinheiro acabei de conseguir!
Aquele homem sentiu gelar sua espinha de alto a baixo, enquanto sua boca secou e seus olhos estatelaram – estava ali, dita pela boca daquele mendigo maltrapilho, uma resposta tão simples e melhor do que ele encontrara com o esforço de toda a sua vida, apesar de toda sua sabedoria e de todo seu conhecimento!
– Não importa se há um sentido único para a existência da vida, pois o mais importante é o sentido que damos a nossa própria vida – se quisermos! E o sentido da minha vida foi procurar por essa resposta assim como a desse mendigo é tomar sua cachaça todos os dias! Como não consegui enxergar antes que o propósito que dei a mim mesmo estava na própria pergunta que eu me fazia o tempo todo?
Ele entendeu naquele momento que, ao escolher um propósito nobre para sua vida, acabou contagiando a vida de outras pessoas e as enchendo de coisas boas. Percebeu que aquilo que muda é o propósito e seu tamanho, mas todos temos algum, ainda que pequeno e pouco interessante como o daquele mendigo.
Talvez, se houver um sentido maior para todos nós – pensou ele –, esse sentido maior seja tão somente o das escolhas que fazemos. Pois elas sim, dão sentido real à vida de cada um de nós.
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