Se ao depositar em ti minh’alma,
E deveras rejeitar-me tu´alma!
Minh’alma, de alma em alma, a tua há de buscar.
Irei daqui, de mar em mar,
De alma em alma, a tua procurar.
Afoito, em águas calmas hei de navegar.
Do mar ao copo,
Trabalho ao ócio…
De tudo topo, anseio encontrar.
Teu singelo sorriso,
Pensamentos contidos…
Da fúria a calma – tanto a conquistar!
No peito aflito, dor e saudade,
Loucuras… bondade e maldade…
De tudo um pouco minh’alma invade.
Terras distantes…
Tempos errantes…
Noite apavorante sem ter-te para amar.
Em dias sombrios,
Meu pelo, terríveis arrepios…
Mas eu sempre sorrio!
Contudo, minh’alma não.
Saudades me invadem…
Pobre meu coração!
São as coisas da alma…
Amor e paixão.