Mais uma vez acordei ao seu lado,
Sorrindo, alegre… feliz e abobolhado.
Mas olhando pro lado, aqui não estavas.
Era o meu carinho que outra vez lhe admirava.
Sentindo seu cheiro, seu gosto gostoso.
Lembrando seu jeito, seu rosto formoso.
Sinto outra vez a alegria de ter, sem ter-te.
Alegre e feliz por ver sem ver-te.
Um tolo e seu sentimento bobo.
Trazendo à memória um rosto ausente.
Fazendo presente um corpo temente.
Sentindo na pele sua alma descrente.
Da vida e seus sentidos não entendo bem.
Mas conheço o querer-te e o carinho que tens.
Quando em poucos momentos desfrutei de teus ares.
Foram-me suficientes pra desejar que me amasses.
Perdoa o bobo que age como um tolo.
Criança tornei-me desde que avistei-te.
Perdoa o querer e o querer-te bem.
Mas é que minh’alma ainda que vens.
Ainda anseio em teu seio aconchegar-me.
E meu desejo é desejar-te até bem tarde.
Se em teu colo, contudo, não deitar-me.
Sei que tua alma a minha há de tocar-te.
Enfim, da vida a lida me move ainda.
Sigo em frente respeitando tua vontade.
De seguir só, a estrada da vaidade.
A da vida, onde cumprimos destino e verdade.
Uma moça bonita, guerreira e faceira,
Merece da vida toda boa colheita,
Que teu café prospere no campo,
Que um dia encontre real acalanto!
Segue, porém, com meu desejo por teu bem.
Quero ver-te feliz, sempre, ainda que distante.
Desejo que realizes todos os sonhos, todos que tem!
E que tenhas alegrias sem fim, meu bem!
ADORO-TE!