![](https://i0.wp.com/www.edmilsonprata.com.br/wp-content/uploads/sites/2/2025/02/WhatsApp-Image-2025-02-02-at-13.10.17-667x1024.jpeg?resize=640%2C983&ssl=1)
Depois de muito chorar, me esconder e sentir medo por uma boa parte da minha vida, quando tudo parecia sobrenatural e misterioso, quando tudo parecia fantástico e imenso, quando tudo parecia ser muito maior e mais forte do que eu jamais poderia ser… depois de muito tempo, velhos tempos que não voltam jamais, já que nenhum tempo jamais volta… depois de muito experimentar o gosto amargo de muitos desgostos que, mesmo à contragosto, fazem parte do paladar da vida de todo ser humano normal… depois de tudo isso e muito mais… simplesmente chegou o dia em que resolvi não mais aceitar nenhuma destas coisas e o dia, a partir do qual, eu passaria a ter uma postura totalmente diferente, com um novo olhar sobre todas estas questões e sobre a vida.
Realmente, após muitas reflexões e mudanças, posso dizer que não me interessam mais a minha humanidade (de natureza falha e limitada), meus defeitos, meus medos, minhas preocupações, meus receios sobre o futuro, minhas inseguranças e meu medo da solidão. Eu quero mais é que tudo isso e todo o resto dos sentimentos negativos que os acompanham se explodam! Para não dizer coisa pior.
Nessa nova fase da minha vida só quero saber em como criar estratégias para mudar e aperfeiçoar a única coisa nesse universo a qual eu realmente tenho a oportunidade de controlar: minha razão, meu eu interior.
O universo é infinito, misterioso e quase eterno para alguém como eu. O mundo é infinito, desafiador e imenso para alguém como eu. A vida é incrível, enigmática e indecifrável para alguém como eu. Os desafios da minha natureza humana são insondáveis, magníficos e poderosos para alguém como eu. Contudo, eu tenho o poder de mandar tudo isso para o raio que os parta e assumir o controle sobre quem eu sou e sobre o que eu quero.
Eu tenho o poder de dizer não a tudo aquilo que possa me oprimir, tirar a minha paz e fazer de mim um pobre coelho assustado numa floresta cheia de raposas e lobos. Lançando mão desse poder, posso me transformar num leão e pôr para correr estas raposas e lobos, mesmo que, não realidade, eu não passe de um pinscher raivoso e sem noção, que late com todo o ódio do universo para um poderoso urso, mas que, ainda assim, é capaz de deixar o urso tão confuso, diante de tal cena, rídicula e hilária, que no final, até o faça recuar. Temos um pinscher, sei do que estou falando.
Com essa metáfora literalmente animal, eu quis ilustrar que, no fim das contas, a atitude fala mais alto. Ela conta muito mais quando temos que enfrentar os desafios da vida. Ainda ilustrando de forma animalesca, quem nunca parou para refletir como um elefante, tão forte, pode ficar preso por um cordão tão fraco?
Aquilo que domina a sua mente é muito mais poderoso que qualquer algema ou corrente de aço. O aço mais forte não poderia prender sua mente, mas a sugestão mais idiota poderia convencê-lo de que você é fraco, mesmo quando, na verdade, você é maior e mais forte que tudo aquilo que te oprime.
Por sermos seres tão inteligentes e interessantes, nos tornamos também muito complexos e capazes de nos perdermos em nossos conceitos, puramente abstratos e, por vezes, enganosos. A mesma incrível habilidade que nos difere de todas as demais formas de vida que conhecemos, também pode nos dominar, enganar e escravizar. Esta é a habilidade de criar com nossas mentes, de pensar, de racionalizar, de desenvolver pensamentos lógicos e estruturados, de observar e interpretar o mundo ao nosso redor.
Não se engane, você é seu maior amigo e inimigo. Seu maior desafio. Seu anjo e seu demônio particular. Você é seu céu e seu inferno. Seu companheiro mais leal e seu maior traidor. Tudo isso ao mesmo tempo.
Não que estejamos loucos ou insanos. Entretanto, você já parou para refletir sobre quais conceitos e pensamentos predominam na sua vida e em suas decisões? Você reavalia constantemente o seu entendimento sobre as coisas mais elementares da vida? Você faz o exercício permanente de checar e verificar se ainda concorda com aqueles seus velhos conceitos?
Não conheço um só ser humano perfeito, nem algo perto disso. Qualquer um concordaria facilmente com essa afirmação. Mas, por quê, então, temos tanta dificuldade de reconhecer nossos erros e assumir nossos arrependimentos? Conheço muita gente que diz não se arrepender de nada. Isso pra mim é bastante negativo. Se todos erramos, e reconhecemos isso de forma genérica, por quê insistimos em atrapalhar nosso crescimento pessoal negando nossos erros e arrependimentos? Será puro orgulho? Se for, é uma atitude bastante estúpida.
Sim, eu errei muito e me arrependo de muita coisa. Só reconhecendo isso é que eu me dei de presente a oportunidade de mudar. Teria vergonha é de não reconhecer os meus erros e de não fazer, constantemente, uma auto análise. Afinal, eu não tenho que ser melhor e nem que provar nada para ninguém.
Meu crescimento só depende de minha atitude. Entre estas atitudes estão conceitos como humildade, persistência, inconformismo, busca interior, coragem e, acima de tudo, o entendimento de que não existe nenhuma zona de conforto se você não está realmente confortável. Zona de conforto com sofrimento? Estranho, mas é o que frequentemente observo na vida das pessoas que não querem encarar o desafio de uma mudança necessária.
Encarar medos e aceitar desafios são atitudes, de fato, muito difíceis de se tomar. Entretanto, são extremamente necessárias. Mande seus medos catar coquinho ou para quem os pariu e siga em frente!
Quero tomar as rédeas da minha vida todos os dias, pois a luta interior é uma que se trava diariamente. Podemos até perder algumas batalhas, mas devemos insistir, pois importa ganhar a guerra e ela só acaba no seu último suspiro. Seu anjo e seu demônio jamais desistirão de lutar, você deve domá-los e tomar o controle da situação.
Eu não posso mudar os outros, muito menos mudar o mundo – esses são pensamentos infantis. Mas eu posso mudar a minha mente, a minha visão de mundo, as minhas atitudes e, por fim, a minha vida que, na verdade, é o mero reflexo destas coisas.
Percebi que, quando eu reclamava dos outros, na verdade reclamava do que permitia que os outros fizessem comigo. Era eu quem abria a porta para os ladrões entrarem. Era eu quem baixava a guarda. Era eu quem confiava no traidor. Era eu quem abria as portas do meu tesouro para estranhos. O tempo todo, era apenas eu, me sabotando de forma ingênua, mas cruel. Enxergar isso é essencial para encontrar um caminho mais claro e realizador à nossa frente.
Devemos parar de nos sabotar e aceitar nossas culpas e responsabilidades. Não para apenas lamentar e se sentir culpado, mas para mudar. Afinal, repetir atitudes e esperar resultados diferentes é uma forma de definir insanidade. Eu escolho manter minha sanidade enquanto a loucura domina o mundo, os corações e os pensamentos de quem se diz leão, mas permanece mudo como uma ovelha enquanto lobos a devoram sem piedade. Não serei devorado sem lutar, lobos e hienas que me perdoem, mas será difícil me abater e, mesmo se conseguirem, minha carne será amarga e os farei vomitar até ficarem magros e fracos como um mosquito! Prometo ser osso tão duro de roer que quebrarei até os dentes mais fortes e afiados. Vai ter luta e vai ter vitória, de um jeito ou de outro!
O verdadeiro guerreiro se compraz na batalha e encontra seu grande tesouro quando cai de arma em punho. Seu corpo perece, mas seu espírito ecoa sua vitória para sempre! Quem vai comigo para Valhalla?